Uma ritualidade autêntica e significativa – 1ª Parte
1º- Quem quer participar das celebrações com conhecimento e, sobretudo, quem quer educar os outros a participar bem, deve levar em conta o rito, que é a linguagem própria da liturgia cristã. Sabemos que a liturgia é sacramento, isto é, sinal eficaz da iniciativa de Deus que nos salva em Cristo e nos santifica pelo Espírito Santo.
Com o Vaticano II foi retomada a antiga doutrina que considera “sacramental” toda atividade da Igreja, como afirma a Constituição Dogmática sobre a Igreja: “a Igreja é em Cristo como que o sacramento ou o sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano”(LG 1). Isto significa que cada ação eclesial deve tornar visivelmente presente aquele Reino de Deus sobre a terra que, anunciado e realizado por e com Jesus, é levado ao seu cumprimento.
Entre as diversas ações que a Igreja desenvolve, da catequese à caridade social, da reflexão orante sobre a Palavra de Deus às iniciativas da promoção humana, aquela mais estreitamente sacramental é a celebração litúrgica, caracterizada pela ritualidade. Não é possível fazer liturgia, falar dela e compreendê-la, se não se entende o papel, a importância que nela tem o rito. Entretanto, antes observemos as funções que o rito tem em muitas manifestações da nossa vida social. Os grupos litúrgicos precisam refletir sobre eles, se querem entender a linguagem sacramental e agir de maneira eficaz.
Justamente porque a celebração é sacramental, deve expressar-se com ritos.