Catequese do Papa 13 – Eu creio na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna

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Catequese do Papa 13 – Eu creio na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna

Hoje gostaria de falar de uma realidade muito bela da nossa fé, ou seja, da “comunhão dos santos”.

A Igreja, em sua verdade mais profunda, é comunhão com Deus, familiaridade com Deus, comunhão de amor com Cristo e com o Pai no Espírito Santo, que se prolonga em uma comunhão fraterna.

Se há este enraizamento na fonte do Amor, que é Deus, então se verifica também o movimento recíproco: dos irmãos a Deus; a experiência da comunhão fraterna me conduz à comunhão com Deus.  Estar unidos entre nós nos leva a estar unidos com Deus, leva-nos a esta ligação com Deus que é o nosso Pai. Nesta comunhão – comunhão quer dizer comum-união – somos uma grande família, onde todos os componentes se ajudam e se apoiam entre eles.

E chegamos a outro aspecto: a comunhão dos santos vai além da vida terrena, vai além da morte e dura para sempre. Esta união entre nós vai além e continua na outra vida; é uma união espiritual que nasce do Batismo e não vem separada da morte, mas, graças a Cristo ressuscitado, é destinada a encontrar a sua plenitude na vida eterna. Esta comunhão entre terra e céu se realiza especialmente na oração de intercessão.

Parte da Catequese do Papa Francisco – 30/10/2013

 

No Credo, através do qual todo domingo fazemos a nossa profissão de fé, nós afirmamos: “Professo um só batismo para a remissão dos pecados”. Trata-se da única referência explícita a um Sacramento dentro do Credo.

No Sacramento do Batismo são redimidos todos os pecados, o pecado original e todos os pecados pessoais, bem como todas as penas do pecado. Com o Batismo, abre-se a porta a uma efetiva novidade de vida que não é oprimida pelo peso de um passado negativo, mas já sente o efeito da beleza e da bondade do Reino dos céus. Trata-se de uma intervenção poderosa da misericórdia de Deus na nossa vida, para salvar-nos. Esta intervenção salvífica não tira da nossa natureza humana a sua fragilidade – todos somos frágeis e todos somos pecadores – e não nos tira a responsabilidade de pedir perdão toda vez que erramos!

Não posso me batizar várias vezes, mas posso confessar-me e renovar assim a graça do Batismo. O Senhor Jesus é tão bom e nunca se cansa de nos perdoar. Mesmo quando a porta que o Batismo nos abriu para entrar na Igreja se fecha um pouco, por causa das nossas fragilidades e pelos nossos pecados, a Confissão a reabre, propriamente porque é como um segundo Batismo que nos perdoa e nos ilumina para seguir adiante com a luz do Senhor. Vamos adiante assim, alegres, porque a vida é vivida com a alegria de Jesus Cristo; e esta é uma graça do Senhor.

Parte da Catequese do Papa Francisco – 13/11/2013

 

Nesta catequese gostaria de considerar o tema da ressurreição da carne, o nosso ressurgir em Cristo.

A nossa ressurreição está estreitamente ligada à ressurreição de Jesus; o fato de que Ele ressuscitou é a prova de que existe a ressurreição dos mortos. A própria Sagrada Escritura contém um caminho para a fé plena na ressurreição dos mortos. Esta se exprime como fé em Deus criador de todo o homem – alma e corpo – e como fé em Deus libertador, o Deus fiel à aliança com o seu povo.

A ressurreição de todos nós virá no último dia, no fim do mundo, por obra da onipotência de Deus, O qual restituirá a vida ao nosso corpo reunindo-o à alma, em força da ressurreição de Jesus. E esta transformação, esta transfiguração do nosso corpo, em corpo glorioso, é preparada nesta vida de relacionamento com Jesus, nos Sacramentos, especialmente na Eucaristia.

Já nesta vida, temos em nós uma participação na Ressurreição de Cristo. A vida eterna começa já neste momento, começa durante toda a vida, que é orientada para aquele momento da ressurreição final. E já ressuscitamos, de fato, mediante o Batismo, fomos inseridos na morte e ressurreição de Cristo e participamos da vida nova, que é a sua vida. Portanto, à espera do último dia, temos em nós mesmos uma semente de ressurreição, aquela antecipação da ressurreição plena que receberemos por herança.

Parte da Catequese do Papa Francisco – 27/11/2013 e 04/12/2013

 

 

Gostaria de iniciar a última série de catequeses sobre nossa profissão de fé, que trata da afirmação “Creio na vida eterna”, concentrando-me, em particular, no juízo final.

Quando pensamos no retorno de Cristo e no seu juízo final, que manifestará, até suas últimas consequências, o bem que cada um terá cumprido ou terá omitido de cumprir durante a sua vida terrena, percebemos nos encontramos diante de um mistério que paira sobre nós, que não conseguimos sequer imaginar. Um mistério que quase instintivamente suscita em nós um sentimento de temor, e talvez também de preocupação.

Se pensamos no julgamento com a perspectiva de ser envolvida pelo abraço de Jesus, todo medo e hesitação é menor e deixa espaço à espera e a uma profunda alegria: será justamente o momento no qual seremos julgados finalmente prontos para ser revestidos da glória de Cristo, como de uma veste nupcial, e ser conduzidos ao banquete, imagem da plena e definitiva comunhão com Deus.

Um segundo motivo de confiança nos vem oferecido pela constatação de que, no momento do julgamento, não estaremos sozinhos. Naquele momento, poderemos contar com a intercessão do próprio Jesus, nosso Paráclito, nosso Advogado junto ao Pai, bem como com a intercessão e com a benevolência de tantos nossos irmãos e irmãs maiores que nos precederam no caminho da fé, que ofereceram a sua vida por nós e que continuam a nos amar de modo indescritível! Os santos já vivem na presença de Deus, no esplendor da sua glória rezando por nós que ainda vivemos na terra.

Um outro ponto é que aquele juízo final já está em vigor, começa agora no curso da nossa existência. Tal juízo é pronunciado a cada instante da vida, como verificação do nosso acolhimento com fé da salvação presente e operante em Cristo, ou da nossa incredulidade, com o consequente fechamento em nós mesmos. Mas se nós nos fechamos ao amor de Jesus, somos nós mesmos que nos condenamos.

Avante, pensando neste juízo que começa agora, e já começou. Avante, fazendo com que o nosso coração se abra a Jesus e à sua salvação; avante sem medo, porque o amor de Jesus é maior e se nós pedimos perdão dos nossos pecados Ele nos perdoa. Jesus é assim. Avante então com esta certeza, que nos levará à glória do céu.

Parte da Catequese do Papa Francisco – 11/12/2013

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