O mistério da fé
Querida Família de Nossa Senhora do Brasil,
Na liturgia deste domingo, nós, à semelhança do profeta Habacuc, tantas vezes clamamos: “Até quando clamarei, sem me atenderes? Até quando devo gritar a ti: Violência, sem me socorreres”?
A fé não pode ser considerada como um poder sobre a realidade limitada da existência humana. Ela, na verdade, é a consciência da impotência de quem está diante de Deus, como um servo que espera em pé, como aquele que, embora profundamente abalado pelas tempestades da história humana, resiste firme, entregando-se totalmente a Deus. É neste momento, quando a fé descobre a si mesma como impotência, abaixo do limite da suficiência, quando não há nada de extraordinário, é que ela se torna potente. É uma fé que se faz interrogação sem resposta; uma fé que se faz serviço sem recompensa.
Que a bênção de Deus, rico em amor e misericórdia, Pai, Filho e Espírito Santo, desça sobre vós e permaneça para sempre. Amém.