5º Encontro – Mandamentos – O que é mesmo a lei?

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5º Encontro – Mandamentos – O que é mesmo a lei?

5º Encontro – O que é mesmo a lei?

 

O homem criado por Deus, chamado à felicidade, mas ferido pelo pecado, tem necessidade de ser salvo por Deus. E Deus, para nos salvar em Jesus Cristo, se utiliza de dois instrumentos que são: a lei moral e a graça.

A lei moral é uma instrução que prescreve ao homem os caminhos, as regras de comportamento que levam à felicidade presente.

“A lei é uma regra de comportamento, promulgada pela autoridade competente, que visa o bem comum”. Em relação à lei moral, a autoridade é o próprio Deus, que conhece a realidade do homem.

 

  • A lei natural

O homem, criado à imagem e semelhança de Deus, traz dentro de si uma consciência que lhe permitir discernir o que é o bem e o mal, a verdade e a mentira. Esta capacidade própria da natureza humana é chamada de “lei natural”.

A lei natural é universal em seus preceitos e exprime a dignidade da pessoa, determinando a base de seus direitos e de seus deveres fundamentais. Ela é imutável e permanente.

É a partir da lei natural que se constroem as regras morais que orientam as opções humanas. Mas, como não somos perfeitos, temos necessidade da lei revelada e da graça de Deus para nos orientar.

 

  • A lei revelada

A antiga Lei, dada ao povo eleito através de Moisés, é o primeiro estágio da lei revelada e está estruturada nos Dez Mandamentos. São verdades acessíveis à razão humana. É, entretanto, uma lei imperfeita, porque apenas nos diz o que devemos fazer e não nos dá a graça e a força para cumpri-la. Mas ela é uma preparação para o Evangelho.

O Catecismo nos diz: “A nova lei, obra de Cristo, é a graça do Espírito Santo dada aos fiéis pela fé nele. É operante pela caridade, serve-se do Sermão da Montanha, para nos ensinar o que é preciso fazer, e dos Sacramentos, para nos comunicar a graça de fazê-lo”.

A Lei Evangélica se complementa com o mandamento novo, com a catequese moral dos ensinamentos apostólicos e com os conselhos evangélicos.

O mandamento novo é a expressão por excelência da nova Lei: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

A catequese moral dos ensinamentos apostólicos, reafirmam os princípios do amor, do perdão, da verdade e da justiça.

Os conselhos evangélicos apontam caminhos mais diretos que levam a alcançar a perfeição, segundo a vocação de cada um, permitindo uma vivência mais radical do amor a Deus e ao próximo.

 

  • A justificação

O Catecismo nos diz que: “A justificação é a obra mais excelente do amor de Deus, manifestado em Jesus Cristo e concedido pelo Espírito Santo”.

A justificação nos foi merecida pela paixão de Jesus, que se ofereceu na cruz e cujo sangue se tornou instrumento de propiciação pelos pecados de toda a humanidade. Assim, a justificação alcança a remissão dos pecados, a santificação e a renovação do homem interior.

A presença do Espírito Santo no interior do homem, após o Batismo, é uma graça extraordinária que produz a conversão do homem a Deus, operando a sua justificação.

 

  • A graça

A graça, socorro gratuito que Deus nos dá, é um dom sobrenatural. Essa graça, infundida em nossa alma, para curá-la do pecado e santificá-la é chamada de graça santificante. Ela é conhecida como:

  • graça habitual – enquanto nos dá uma disposição permanente para viver e agir conforme o chamado divino.
  • graça atual – designa momentos de intervenção divina em nossa vida, tanto na origem da conversão, como no decorrer da obra de santificação.

 

  • O mérito

O mérito designa a retribuição devida por uma sociedade ou comunidade pela ação de um de seus membros. O mérito se relaciona com a virtude da justiça.

Como nós recebemos tudo gratuitamente de Deus, não há mérito da parte do homem. Entretanto, falamos de mérito porque Deus quis precisar de nossa colaboração.

Os méritos de nossas boas obras são frutos da graça que procede de Cristo, das inspirações e do auxílio do Espírito Santo.

 

Para responder em grupo:

  1. O que se entende por Lei Moral?
  2. O que é e para que serve a Lei Natural?
  3. Em que momentos, na história da salvação, Deus nos entregou a Lei Revelada?
  4. O que significa mesmo a justificação?
  5. Qual é a diferença entre graça habitual e graça atual?
  6. Por que não há propriamente mérito nas obras boas que fazemos?

 

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