3º Encontro – Mandamentos – As virtudes e o pecado

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3º Encontro – Mandamentos – As virtudes e o pecado

3º Encontro – As virtudes e o pecado

 

Nesse mundo conturbado em que vivemos, em crise de valores, é necessário apresentar a virtude, que precisa ser cultivada, e o pecado, que precisa ser evitado. Para favorecer o agir cristão, apresentamos duas pequenas definições:

  • Virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem.
  • Pecado é uma ofensa a Deus; mas, normalmente, fere também a natureza do homem e ofende a solidariedade humana.

 

  • As virtudes humanas

Por virtudes humanas se entendem as atitudes firmes e as perfeições habituais da inteligência e da vontade, que regulam os nossos atos. Proporcionam facilidade, domínio e alegria na vida.

Há um primeiro grupo de virtudes chamadas “cardeais”, pois servem de guia, de orientação à vida:

  • A prudência – com ela nós superamos as dúvidas sobre o bem a praticar e o mal a evitar.
  • A justiça – nos leva a respeitar os direitos de cada um, promovendo a equidade.
  • A fortaleza – dá segurança nas dificuldades, firmeza e constância na procura do bem.
  • A temperança – assegura o domínio sobre os instintos e mantém os desejos dentro dos limites da honestidade.

As virtudes se desenvolvem pela educação e se afirmam pela prática.

 

  • As virtudes teologais

As virtudes teologais se voltam para o relacionamento com Deus, pois fundamentam, animam e caracterizam o agir moral do cristão. São o penhor da presença e da ação do Espírito Santo nas faculdades do ser humano. Há três virtudes teologais. São elas: a fé, a esperança e a caridade.

 

  • A fé

A nos leva a crer em Deus e em tudo o que Ele nos disse e revelou, e que a Igreja nos ensina e propõe crer, porque Ele é a própria verdade.

A fé é um dom que vem de Deus, que dele recebemos e que devemos cultivar e viver. Por isso, a fé exige um comprometimento nosso diante de Deus e dos irmãos.

 

  • A esperança

A esperança é a virtude teologal pela qual colocamos nossa confiança nas promessas de Cristo e no socorro da graça do Espírito Santo.

A esperança integra a concepção cristã da realidade. O cristão é uma testemunha permanente da graça, cheio de confiança, esperança e otimismo.

 

 

 

  • A caridade

A caridade é a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas, amamos a nós mesmos como somos e ao próximo como a nós mesmos, por amor a Deus.

O exercício de todas as virtudes é animado e inspirado pela caridade, que é vínculo de perfeição.

O Catecismo nos lembra que a caridade tem como frutos: a alegria, a paz e a misericórdia; exige a beneficência e a correção fraterna; suscita a reciprocidade; é desinteressada e liberal; é comunhão e amizade.

 

  • A misericórdia e o pecado

O nome de Jesus significa em hebraico “Deus salva”. Ele é o grande sinal da misericórdia de Deus e a Ele devemos corresponder.

Deus nos criou sem nós, mas não nos salva sem a nossa participação. Nós precisamos acolher a misericórdia de Deus e, para tal, precisamos reconhecer as nossas faltas e confessar nossos pecados. Por isso, precisamos ter clareza sobre o que é o pecado e como é que ele acontece.

O pecado é sempre uma ofensa a Deus. Nós nos erguemos contra o amor de Deus por nós e desviamos dele os nossos corações. O pecado é querer ser independente de Deus, é querer decidir sozinho sobre nossos atos, mesmo que isso signifique um rompimento com Deus, com a sua Igreja e os seus ensinamentos.

Existem pecados mais graves (chamados mortais) e mais leves (ou veniais). O pecado mortal causa a morte e, por isso, exige uma conversão do coração, isto é, uma ressurreição, que acontece no sacramento da Penitência e Reconciliação (confissão).

Para que o pecado seja mortal, requer uma matéria grave (um ato frontal contra um dos Mandamentos), que se tenha absoluta liberdade e pleno conhecimento da gravidade desse ato.

Quando falta um desses elementos, normalmente o pecado passa a ser leve ou venial, que é também uma ofensa a Deus e exige uma reconciliação, mas não acontece a morte espiritual, como no pecado mortal. O pecado venial constitui uma desordem moral reparável pela caridade que ele deixa subsistir em nós.

 

Para responder em grupo:

  1. O que é virtude e o que se entende por pecado?
  2. Quais são as virtudes cardeais e as virtudes teologais?
  3. Qual a mais importante virtude teologal e por que?
  4. Qual é a diferença entre pecado mortal e pecado venial?
  5. Diante do pecado mortal, o que é preciso fazer para superá-lo?
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