7º Encontro – A Unção dos Enfermos – o sacramento que cura
7º Encontro – A Unção dos Enfermos – o sacramento que cura
Na doença o homem experimenta a sua impotência, seus limites e sua finitude. A doença pode causar as mais contraditórias reações: desde a angústia, o desespero e a revolta contra Deus, até mesmo uma busca de Deus, uma volta e uma sincera conversão a Ele.
Por isso, é tão importante uma boa pastoral da saúde. É preciso apresentar ao doente os recursos de que a Igreja dispõe para auxiliar os enfermos: a bênção da saúde, a oração da comunidade e, sobretudo, a Unção dos Enfermos.
- A Bíblia e os doentes
O homem do Antigo Testamento vive a doença diante de Deus. Ele implora a Deus a cura, dispondo-se à conversão, na esperança de que o perdão de Deus lhe traria a recuperação da saúde.
Já o Novo Testamento nos apresenta Jesus como o médico das almas e dos corpos. Ele veio curar o homem inteiro. Muitas vezes Jesus pede aos enfermos que creiam e serve-se de sinais para curar.
- Curai os enfermos
Jesus tinha dito claramente aos apóstolos: “Curai os doentes” e depois da ressurreição, Cristo renova este envio: “Em meu nome […] eles imporão as mãos sobre os enfermos e estes ficarão curados”.
Já na Igreja primitiva, ainda na era apostólica, os doentes eram uma preocupação constante. Havia o costume de levar a Eucaristia para os doentes (viático) e também existia um rito especial para ungir os doentes. Esse testemunho é tirado da Carta de São Tiago e a Igreja reconheceu nesse rito um dos sete sacramentos.
- Um sacramento para os enfermos
Pela orientação oficial da Igreja, a Unção dos Enfermos pode ser conferida às pessoas acometidas de doenças graves, diante de uma cirurgia perigosa ou de uma grande debilidade física, devido à idade. Se o enfermo recobrar a saúde, pode, em caso de uma recaída, receber de novo o mesmo sacramento.
- O ministro e o rito da unção
Só os bispos e os sacerdotes são ministros desse sacramento.
Quando alguém adoece, é dever da família e da comunidade chamar um sacerdote, para que celebre a Unção dos Enfermos. Trata-se de uma celebração litúrgica e comunitária. É importante a presença de uma pequena assembleia, principalmente dos familiares, da qual todos participam e rezam pela saúde do enfermo.
Os elementos constitutivos ou os sinais visíveis do sacramento são a presença do sacerdote, a leitura e explicação da Palavra de Deus, a imposição das mãos e a unção com o óleo, especialmente abençoado pelo bispo. A liturgia da Palavra é precedida por um ato penitencial.
- Os efeitos do sacramento
Os efeitos desse sacramento são:
- o dom do Espírito Santo – é a principal graça do sacramento, que dá ao doente a força e a coragem para lutar contra a enfermidade
- o perdão dos pecados – quando o doente está sinceramente arrependido e não tem mais condições para a confissão de suas culpas
- fica mais unido à paixão de Cristo – o sofrimento torna-se participação na obra salvífica de Cristo
- preparação para a última viagem – quando o doente não está mais em condições para recuperar a saúde
Para responder em grupo:
- Quais são as características humanas de uma pessoa doente?
- Como é vista a doença no Antigo e no Novo Testamentos?
- Qual era a preocupação da Igreja primitiva diante dos enfermos?
- Como deveria ser a celebração da Unção dos Enfermos?
- Quais os efeitos da Unção dos Enfermos?