5º Encontro – Creio no Espírito Santo
5º Encontro – Creio no Espírito Santo
O Catecismo da Igreja Católica ensina que o cristianismo, desde os primeiros séculos, nos apresenta o Espírito Santo como a força de Deus que nos faz entender os próprios mistérios divinos.
O tempo da Igreja é o tempo do Espírito Santo. É ele que torna a Igreja santa e a assiste para preservá-la na unidade, na verdade e na caridade.
São Gregório Nazianzeno explica a progressiva revelação de Deus. No Antigo Testamento o Pai se mostra através de alguns sinais, apontando para o Filho. No Novo Testamento é o Filho que se apresenta, já acenando para o Espírito Santo. Agora, no tempo da Igreja é o Espírito Santo que age.
Santo Irineu escreve que é o Espírito Santo que nos conduz ao Filho, que nos apresenta o Pai e o Pai nos concede a integridade. Sem o Espírito Santo não é possível chegar ao Filho e sem o Filho ninguém consegue aproximar-se do Pai.
Na Santíssima Trindade o Espírito Santo é uma das três Pessoas, igual ao Pai e ao Filho, na divindade, na onipotência e na eternidade.
- Nomes do Espírito Santo
Vários são os nomes que aparecem na Bíblia para denominar o Espírito Santo:
- Paráclito – que pode ser traduzido por Advogado, aquele que é chamado para estar perto.
- Consolador – aquele que dá coragem e anima.
- Espírito da Verdade – aquele que ensina toda a verdade e instrui sobre a verdade plena, revelada por Jesus Cristo.
- Espírito da promessa, Espírito de adoção, Espírito de Cristo, Espírito do Senhor – são nomes dados por São Paulo.
- Espírito da Glória – aparece com São Pedro.
- Os símbolos do Espírito Santo
Como o Espírito Santo não tem corpo e não é visível aos nossos olhos, a teologia, a partir de inúmeros textos da Sagrada Escritura, usa símbolos diferentes para designar o Espírito Santo.
- Fogo – é o símbolo da energia transformadora dos atos do Espírito Santo.
- Pomba – é a presença do Espírito Santo no coração purificado dos batizados.
- Nuvem e luz – são dois símbolos inseparáveis para mostrar a ação das três Pessoas
Nos ritos litúrgicos, quando se invoca o Espírito Santo, a Igreja repete os gestos de Jesus, que foram conservados pelos apóstolos.
- Imposição das mãos – Jesus curava os doentes e abençoava as crianças. Em nome de Jesus, os apóstolos faziam o mesmo, invocando o Espírito Santo.
- Unção – já no batismo somos ungidos e recebemos o sinal sacramental da crisma.
- Água – é o Espírito Santo que, por meio da água batismal, realiza o nosso novo nascimento para a vida divina.
Na liturgia, água e o óleo são duas substâncias que se tornam sinais sacramentais pela invocação do Espírito Santo.
- O Espírito Santo é dom de Deus
Deus é amor.
Amor é o primeiro dom que contém todos os demais.
Esse amor é o princípio da vida nova em Cristo, possibilitada pelo fato de termos recebido no batismo a força do Espírito Santo. Com esta força temos condições de produzir os frutos do Espírito.
Podemos afirmar que o Espírito Santo é a Pessoa de Deus hoje presente na Igreja, atuante na vida dos cristãos, pronto para auxiliar na compreensão dos mistérios divinos e para transmitir a coragem necessária para uma autêntica evangelização, tanto pela palavra como pelo testemunho de vida. Por isso, precisamos levar a sério sua atuação e invocá-lo constantemente.
Para responder em grupo:
- O que significa mesmo dizer “eu creio no Espírito Santo”?
- Como é que Santo Irineu e São Gregório Nazianzeno entendiam o Espírito Santo?
- Qual dos nomes dados ao Espírito Santo lhe parece mais condizente com a realidade atual?
- Qual dos símbolos do Espírito Santo hoje comunica melhor a sua atuação na vida dos cristãos?
- O que se poderá fazer para que o Espírito Santo entre mais na vida dos cristãos?