2º Encontro – Mandamentos – A moralidade dos atos humanos

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2º Encontro – Mandamentos – A moralidade dos atos humanos

2º Encontro – A moralidade dos atos humanos

 

A liberdade faz do homem um sujeito moral. Quando age de forma deliberada, o homem é, por assim dizer, o pai de seus atos, enquanto responsável por eles. Isto significa que os atos humanos, livremente escolhidos, após um juízo de consciência, são qualificáveis moralmente: bons ou maus.

 

  • As fontes da moralidade

Os elementos constitutivos da moralidade de todo agir humano depende:

  • do objeto escolhido – a matéria do ato humano. A consciência bem formada já mostra se o objeto escolhido é bom ou mau; mas os Mandamentos e as leis humanas darão a certeza objetiva.

 

  • da intenção – que se coloca ao lado do sujeito agente. O qual deve se colocar a pergunta: Com que finalidade pratico esta ação? Qual é a minha intenção?

 

  • das circunstâncias – são os elementos que contribuem para agravar ou diminuir a bondade ou maldade moral dos atos humanos. Elas por si não modificam a qualidade moral dos próprios atos.

 

  • Atos maus e bons

Um ato é moralmente bom quando o objeto é bom, a finalidade é boa e as circunstâncias são louváveis.

Um ato é moralmente mau quando o objeto é mau, a finalidade é má e as circunstâncias duvidosas.

Porém, na vida real, essas condições nem sempre coincidem. O objeto de escolha pode ser bom, mas não a intenção; ou a finalidade é boa, mas não o ato em si. Mas é certo que o objeto é decisivo para determinar se um ato é bom ou mau.

 

  • A moralidade das paixões

As paixões ou sentimentos são componentes naturais do psiquismo humano; constituem o lugar de passagem ou ponto intermediário que garante a ligação entre a vida sensível e a vida do espírito.

Entre as numerosas paixões, o Catecismo cita como as principais: o amor, o ódio, o desejo, o medo, a alegria, a tristeza e a cólera.

As paixões são moralmente boas quando contribuem para uma ação boa, e más quando se dá o contrário. A vontade reta ordena para o bem e para a bem-aventurança os sentimentos que assume; a vontade má sucumbe às paixões desordenadas e se irrita só de pensar nisso.

As emoções e os sentimentos, quando frequentemente repetidos, podem se transformar em virtudes ou vícios, e marcar o comportamento para o bem ou para o mal.

A perfeição moral consiste em que o homem seja movido ao bem, não apenas pela força de sua vontade, mas até mesmo pelas suas paixões.

 

 

 

  • A consciência moral

A consciência funciona dentro de nós como um verdadeiro árbitro: ela nos diz imediatamente se um ato é bom ou mau. Quando o homem escuta a consciência moral, bem formada, pode ouvir o próprio Deus, que assim se manifesta.

Mas, se não atendermos à voz da consciência e passarmos por cima dos avisos que ela nos dá, aos poucos iremos viciando este árbitro que atua dentro de nós, de modo que, com o passar do tempo, ele já nem mais acusará e denunciará os nossos erros.

A consciência bem formada reconhece o mal praticado e imediatamente lembra a necessidade de pedir perdão, de praticar novamente o bem e de cultivar sem cessar a virtude com a graça de Deus.

 

  • Formação da consciência

Educar a consciência é uma tarefa de toda a vida. Esta educação inicia-se já na infância, aprendendo o cultivo da generosidade, do respeito à pessoa e à vida, da verdade, da caridade, a dividir com os outros o que tem.

O desenvolvimento da consciência moral garante a liberdade e gera a paz do coração. Devemos estudar sempre mais a moral cristã. E nisto somos auxiliados pelos dons do Espírito Santo, ajudados pelo testemunho e conselho dos outros e guiados pelo ensinamento autorizado da Igreja.

 

Para responder em grupo:

  1. Quais são os elementos constitutivos da moralidade do agir humano?
  2. Quando é que um ato humano é moralmente bom?
  3. Quando é que um homem atinge a perfeição moral?
  4. O que é a consciência e como é que ela atua?
  5. Como é que se forma uma boa consciência?
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